Como astrônomos extraterrestres poderiam detectar a vida terrestre?


A cada dia que se passa, mais planetas são descobertos na nossa galáxia, e vários desses planetas podem ter o potencial de abrigar vida. Considerando isso, não é difícil imaginar que existam astrônomos alienígenas que estão num dilema muito conhecido por nós: existe vida fora do nosso planeta? E se existirem astrônomos alienígenas em algum mundo na galáxia de Andrômeda, por exemplo, será que eles conseguiriam encontrar a Terra? E será que eles conseguiriam detectar a vida abundante que existe em nosso planeta.

Se a Terra fosse detectada por seus telescópios, os hipotéticos astrônomos alienígenas de Andrômeda poderiam medir a luz cintilante da superfície da Terra, conforme a lua do Sol reflete a vegetação do nosso planeta. Da mesma maneira, os astrônomos daqui podem detectar nuances de cores em planetas extra-solares, afinal, suas estrelas iluminam suas superfícies, e essa luz chega até os nossos telescópios.


Mas como eles saberiam que uma certa tonalidade de cor significa a existência de vida? Isso seria possível? Sim, isso seria possível, e nem precisa considerar tecnologias muito mais avançadas do que a nossa, afinal os nossos astrônomos já podem observar a pigmentação dos exoplanetas e assim, determinar sua composição. E além disso, uma "novidade" possibilita determina não só sua composição, como também encontrar possíveis formas de vida em outros planetas. Dessa forma, se considerarmos apenas nossa tecnologia, há uma grande chance de hipotéticos astrônomos alienígenas já terem detectado a vida na Terra.

Já existe um banco de dados que informa quais tipos de vida existem em outros planetas. "Formas de vida podem estar dominando outros mundos, e através da espectroscopia (detecção de cores e composição) podemos tentar encontrar vida. E agora temos um banco de dados para facilitar essa detecção, comenta Lisa Kaltenegger, professora de Astronomia e diretora do novo Instituto Pale Blue Dots (Pálidos Pontos Azuis) da Universidade de Cornell, que estuda planetas extra-solares e modelos de planetas habitáveis rochosos fora do Sistema Solar. O instituto possui uma nova base de dados que outros pesquisadores podem usar livremente.


Um grupo de cientistas criou um catálogo de cores que contém assinaturas de reflexão de formas de vida na Terra, e que podem ser detectadas na superfície de outros planetas Universo à fora. O novo banco de dados e pesquisas, publicado no dia 16 de março nos Procedimentos da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, dá a nós, seres humanos, uma chance muito maior de encontrar possíveis formas de vida em outros planetas.

"Esse banco de dados dá o primeiro vislumbre de como os planetas lá fora podem parecer, caso tenham formas de vida. Foram inclusas assinaturas de várias formas de vida na Terra, incluindo aquelas das regiões mais extremas do planeta", comenta Lisa.


Os cientistas explicam que grande parte da vida na Terra foi dominada pela vida microbiana, ou seja, há uma grande chance de primeiro encontrarmos (se encontrarmos) vidas unicelulares ou multicelulares antes de criaturas mais complexas. O novo banco de dados poderá ser utilizado nas novas gerações de telescópios que buscarão uma grande variedade de vida nos exoplanetas.

Ao criar esse banco de dados, os cientistas puderam perceber a incrível diversidade de vida que pode ser detectada remotamente em exoplanetas. "Nós temos assinaturas de reflexão de uma grande variedade de formas de vida que são encontradas em locais isolados e inóspitos da Terra, incluindo extremófilos", comentou Siddharth Hedge, astrônomo do Instituto de Astronomia Max Planck.


Será que a vida na Terra já foi detectada por outras civilizações? Para responder à essa pergunta, nada melhor que a opinião de um dos mais renomados astrônomos do mundo: Martin John Rees, cosmologista, astrofísica, presidente da Royal Society entre 2005 e 2010, mestre da Trinity College e da Universidade de Cambridge, e consultor pessoal da rainha da Inglaterra, Elizabeth II, em assuntos relacionados à Astronomia. Segundo ele, a vida alienígena pode existir em um nível extremamente incompreensível para nós, seres humanos. "Nós podemos ser para os alienígenas, o mesmo que os chimpanzés são para nós, e eles podem conhecer nosso modo de vida há muito tempo".


Claro que todas essas opiniões polêmicas do Dr. e Lord Martin John Rees não representa a realidade. Mas e você? Qual sua opinião sobre o assunto? Você acredita que a vida seja abundante ou que estamos sozinhos nesse imenso Universo? E como diria Carl Sagan, "Não sei o que é mais assustador: existirem várias civilizações extraterrestres, ou estarmos sós nessa vastidão".

Fonte: Galeria do Meteorito.

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