Pesquisadores afirmam que grande nuvem de poeira envolve a Lua


A Lua realmente nos fascina, e uma nova descoberta sustenta sua fama cercada de mistérios e beleza! De acordo com resultados de pesquisas recentes, a Lua está cercada por uma esteira de poeira cósmica (permanente), causada principalmente por partículas de cometas em colisão. Dados da sonda LADEE, que estuda a atmosfera da Lua, revelaram uma nuvem de poeira bem diferente daquela avistada pelos astronautas nas missões Apollo 15 e 17, quando os astronautas avistaram um brilho, que alguns especialistas acreditaram ser poeira pairando sobre o solo lunar.

Ainda de acordo com um novo estudo, conduzido pela Universidade do Colorado, Boulder, essa nuvem de poeira ao redor da Lua fica ainda mais espessa quando ocorrem chuvas de meteoros, como a Geminídeas, por exemplo.

A imagem mostra a trajetória das partículas de poeira que deixam a superfície lunar
Segundo o professor de física Mihaly Horányi, da Universidade do Colorado, "entender a movimentação dessa nuvem de poeira cósmica pode ajudar futuras explorações humanas, afinal, essas partículas de poeira poderiam comprometer os astronautas e suas naves espaciais".

A nuvem de poeira ao redor da Lua foi descoberta usando dados de um sensor a bordo da sonda LADEE, responsável pelo mapeamento de 140.000 crateras de impactos durante a missão que durou seis meses, lançada em setembro de 2013. Os pesquisadores responsáveis pela missão analisaram seus dados meticulosamente, e mesmo após a missão ter terminado, desde 18 de abril de 2014, seus dados ainda podem auxiliar em pesquisas e descobertas futuras.


A nuvem é composta principalmente de minúsculos grãos de poeira da superfície da Lua, que são ejetados após impactos de objetos interplanetários em alta velocidade. Um pequeno fragmento de um pequeno cometa que acaba atingindo a Lua, levante milhares de pequenas partículas de pó em sua superfície, que alimentam essa nuvem de poeira ao redor da Lua.

Os primeiros sinais de um nuvem de poeira ao redor da Lua vieram aproximadamente em 1960, quando as câmeras a bordo das sondas lunares não tripuladas da NASA observaram o Sol junto a superfície da Lua. Os investigadores relataram diversas vezes que uma luz muito brilhante podia ser vista durante o pôr do Sol, e vários anos mais tarde, quando os astronautas da Apollo orbitaram a Lua, eles também relataram um brilho significativo próximo da Lua, que segundo eles, era mais brilhante do que o Sol.


Muitas partículas de cometa que colidem com a superfície da Lua estão viajando a milhares e milhares de quilômetros por hora, em órbitas retrógradas ou anti-horárias em torno do Sol, ou seja, na direção oposta a órbita dos planetas no Sistema Solar. Isso faz com que as colisões praticamente de frente, e em alta velocidade, ocorram de tempos em tempos na Lua, e é justamente isto que está alimentando a grade nuvem de poeira da Lua.

Os pesquisadores acreditam que assim como acontece com a Lua, outros satélites naturais do Sistema Solar também podem ter suas próprias nuvens de poeira, o que nos oferece perguntas sobre como são as proximidades desses objetos, que um dia quem sabe, o homem consiga explorar.

Fonte: Galeria do Meteorito

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