Grandes cientistas costumam reconhecer o bem que pitadas de criatividade e especulação podem trazer ao raciocínio lógico da ciência. O astrônomo Carl Sagan, por exemplo, defendia que a imaginação deveria caminhar lado a lado com o ceticismo para termos sucesso em nossa busca incansável pela verdade. "A imaginação frequentemente nos leva a mundos que jamais existiram. Mas, sem ela, não vamos a lugar algum", dizia Sagan. O artista Ron Miller resolveu usar sua mente imaginativa para nos levar a mundos que não só existem, como nos são velhos conhecidos.
São os planetas e luas do Sistema Solar - os acompanhantes que o cosmos forjou para que a Terra não se sinta tão só em sua jornada sem fim pelos oceanos do espaço e do tempo. Como os Mutantes já disseram aos brasileiros lá nos idos de 1974, tudo foi feito pelo Sol. Foi ele quem aglutinou a matéria que nos forma e é ele quem seguimos conforme orbitamos o centro da galáxia, a mais ou menos 800 mil km/h. A vida na Terra só existe graças à energia emanada pelo astro-rei.
-Como seria ver os planetas de perto a olho nu?
Consciente da soberania do Sol sobre todas as coisas que ele rege, Miller criou uma série de ilustrações para mostrar a aparência de nossa estrela-mãe nos céus de cada planeta do Sistema Solar. Com exceção de Saturno, a vista dos outros gigantes gasosos é retratada a partir da perspectiva de uma de suas luas. Até o "pobre" e rebaixado Plutão entrou na brincadeira.
Fascinado pelas coisas do espaço, Miller ilustra temas espaciais há mais de quatro décadas, e neste caso, tomou cuidado em representar não apenas as superfícies dos astros de forma realista, como também o brilho do Sol. A luminosidade da estrela vai diminuindo drasticamente, conforme nos afastamos dela. As leis da física determinam que o brilho varia sempre de acordo com a distância relativa ao quadrado. Então se um mundo fica 2 vezes mais longe do que a Terra, receberá quatro vezes menos luz solar do que nós. Três vezes mais distante, nove vezes menos luz, e assim por diante!
-Vídeo: viajando com um fóton pelo Sistema Solar
Sem mais delongas, embarque nesta viagem pelo Sistema Solar, de Mercúrio até Plutão.
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Mercúrio, 58 milhões de quilômetros do Sol (Foto: Ron Miller/Divulgação) |
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Vênus, 108 milhões de quilômetros do Sol. A atmosfera é sufocante, com muito dióxido de carbono, e o ambiente é infernal, com vulcões e lava por toda parte. (Foto: Ron Miller/Divulgação) |
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Terra, a 150 milhões de quilômetros do Sol. Um eclipse solar estampa os céus sobre uma lagoa pacata, em meio ao clima ameno e à vida pulsante de nosso belo planeta. (Foto: Ron Miller/Divulgação) |
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Marte, a 228 milhões de quilômetros do Sol. (Foto: Ron Miller/Divulgação) |
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O Sol forma um halo ao redor de Júpiter, vistos da superfície de Europa, a 779 milhões de quilômetros da estrela. (Foto: Ron Miller/Divulgação) |
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Saturno, a 1,43 bilhão de quilômetros do Sol. (Foto: Ron Miller/Divulgação) |
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Urano e o Sol vistos a partir da superfície da lua Ariel, a 2,88 bilhões de quilômetros da estrela. (Foto: Ron Miller/Divulgação) |
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O Sol e Netuno vistos a partir da superfície da lua Tritão, a 4,5 bilhões de quilômetros da superfície da estrela. Vapores emitidos por vulcões de gelo esfumaçam o disco solar. (Foto: Ron Miller/Divulgação) |
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O Sol e Caronte vistos a partir da superfície de Plutão, a uma distância média de 5,91 bilhões de quilômetros do Sol. Ele pode ter sido rebaixado mas nos nossos corações Plutão será sempre o nono planeta do Sistema Solar. (Foto: Ron Miller/Divulgação) |
Fonte: Revista Galileu
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