Indícios de vida são encontrados no cometa 67P / C-G


O cometa que está sendo analisado de perto pela sonda Philae poderia muito bem ser o lar de diversos tipos de vida microbiana extraterrestre, de acordo com os astrônomos. As características do cometa 67P/ Churyumov Gerasimenko, tais como a sua rica crosta negra orgânica, tem uma provável explicação: "a presença de organismos vivos debaixo da superfície gelada", disseram os cientistas.

O orbitador Rosetta, a nave espacial européia, também seria observado grupos estranhos de material orgânico que se assemelham à partículas virais. A Agência Espacial Europeia fez história quando conseguiu pousar a sonda Philae na superfície do cometa 67P / C-G no final de 2014. Desde então, a sonda passou por um período de hibernação não programada, mas depois de aproximadamente 6 meses acordou, após conseguir carga utilizando seus painéis solares.


A parte chata de toda essa história é que o orbitador Rosetta e o pousador Philae não estão equipados para procurar evidências diretas de vida, pois os cientistas que tentaram incluir tais equipamentos teriam sido ridicularizados pela proposta. O astrônomo e astrobiólogo Chandra Wickramasinghe, professor da Universidade de Cardiff, professor honorário da Universidade de Buckingham e diretor do Centro de Astrobiologia de Buckingham, esteve envolvido no planejamento da missão há 15 anos, e acredita que as pessoas deveriam ser mais abertas para a possibilidade de vida alienígena, até mesmo em um cometa.

"Quinhentos anos atrás era uma luta para que as pessoas aceitassem que a Terra não era o centro do Universo. Agora o pensamento das pessoas é de que a Terra é o centro de toda a vida do Universo, e isto está enrizado em nossa cultura, e provavelmente levará algum tempo para que seja vencido", disse o Dr. Chandra.


O Dr. Chandra fez um trabalho em conjunto com Sir Fred Hoyle, e seus resultados sobre o espectro infravermelho da poeira interestelar ao desenvolvimento da moderna teoria da panspermia, que propõe que a poeira cósmica é parcialmente orgânica, sobretudo os cometas, e que estes seriam responsáveis por semear a vida na Terra, por exemplo. O Dr. Chandra sugeriu recentemente que o vírus SARS teria origem extraterrestre, assim como micróbios extremófilos que existem aqui na Terra.

Ele e seu colega, o Dr. Max Wallis, da Universidade de Cardiff, acreditam que os cometas podem ter ajudado a semear as sementes da vida na Terra e, possivelmente em outros planetas, como Marte. Os cientistas realizam simulações de computador que sugerem que os micróbios poderiam habitar regiões aquáticas do cometa. Organismos que contém sais anti-congelamento poderiam estar ativos em temperaturas tão baixas quanto -40°C, segundo sua pesquisa.


O cometa tem uma crosta negra de hidrocarboneto que cobre o gelo, e crateras de gelo de água recobertas com detritos orgânicos. Os dados vindos do cometa parecem apontar para "micro-organismos envolvidos na formação das estruturas de gelo".

Fonte: Galeria do Meteorito

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