Astrônomos descobrem sistema com cinco estrelas


(Fonte: BBC Brasil) Distante 250 mil anos-luz da Terra, o grupo de estrelas é inédito por conta de sua configuração: duas estrelas binárias e uma simples, um agrupamento jamais antes encontrado.

A descoberta foi anunciada num encontro anual de astrônomos britânicos, na cidade de Landudno, no País de Gales. Ela foi possível graças ao uso de um sistema robotizado de telescópios operando continuamente nos dois hemisférios terrestres - uma nas Ilhas Canárias, próximo à Espanha, e outro em Sutherland, África do Sul.


Os pares de binárias seguem uma órbita em torno do mesmo centro de gravidade, mas estão separados por uma distância de mais de 21 bilhões de quilômetros - mais de três vezes a distância de Plutão ao Sol.

Uma das estrelas duplas é o que a astronomia conhece como "binária de contato" - elas estão próximas o suficiente para se tocarem e até de se fundirem, e compartilharem da mesma exosfera (atmosfera externa).


Outro par está separado por 3 milhões de quilômetros, e conta com uma estrela satélite.

Segundo um dos astrônomos que fizeram a descoberta, Marcus Lohr, o sistema planetário pode conter planetas e até abrigar vida.

"Trata-se de um sistema verdadeiramente exótico. Em princípio, não há razão para que ele não contenha planetas. Habitantes teriam um céu capaz de colocar os produtores de Guerra nas Estrelas no chinelo", brincou Lohr, referindo-se às paisagens fantásticas que aparecem em filmes de ficção científica.

"Eles podem ter nada menos do que cinco sóis de diferentes brilhos no céu". Lohr disse ainda que, apesar da configuração inédita do sistema em Ursa Maior, um outro grupo de cinco estrelas já foi encontrado pelo telescópio Kepler, da NASA.

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