Japoneses encontram magnetar deformado devido ao intenso campo magnético
A impressão de um artista de um magnetar com um intenso campo magnético torroidal em seu núcleo |
Kazuo Makishima da RIKEN's MAXI Team e Teruaki Enoto do RIKEN Nishina Center for Accelerator-Based Science em colaboração com a Universidade de Tóquio e a NASA já encontraram evidências de que o magnetar 4U 0142 +61 "oscila" sobre o seu eixo de rotação, o que implica que a esfericidade da estrela é distorcida devido à um intenso campo magnético em forma de rosquinha em seu núcleo.
"Magnetares emitem raios-X fortes de alta energia, ams as origens dessas emissões são desconhecidas", explica Makishima. "Observamos 4U 0142 +61 usando o satélite astronômico de raio-X Suzaku para descobrir se as emissões do magnetar mudam ao longo do tempo".
O magnetar já havia sido medido a girar a uma taxa de uma revolução a cada 8 segundos e produzir pulsos de raios-X com o mesmo período, mas Makishima e seus colegas notaram flutuações lentas nos tempos de chegada dos pulsos de raio-X. Eles atribuíram essas flutuações à oscilação axial, conhecida como precessão livre. O eixo da estrela gera uma precessão com um período que difere muito pouco do período de rotação da estrela, e o ritmo lento entre os dois períodos altera as emissões observadas.
"A ideia de precessão livre não estava em minha mente quando começamos a análise dos dados", diz Makishima. "Mas eu estava familiarizado com ela através da minha longe experiência com satélites de giro. A precessão é provavelmente causada por uma ligeira deformação do magnetar, e a formação é possível devido, por sua vez, aos campos magnéticos internos que são ainda mais fortes do que os campos visíveis externos."
Os resultados sugerem que o magnetar é deformado a partir de uma esfera perfeita devido a um campo magnético torroidal extremamente forte enterrado no núcleo da estrela. Os resultados, portanto, apoiam a hipótese de que os pulsos de raio-X fortes são produzidos pelo consumo de energia magnética. A equipe de Makishima pretende analisar um terceiro conjunto de dados de 4U 0142 +61 e consultar os dados do Suzaku para outros magnetares que possam mostrar efeitos semelhantes. O pesquisador esperava conseguir mais dados com o novo satélite japonês ASTRO-H, mas o mesmo foi perdido no espaço e está inutilizável.
Fonte: Universo Racionalista
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