13 informações curiosas sobre os asteroides
Asteroides são os restos do Sistema Solar
A Teoria mais aceita que explica como o Sistema Solar surgiu, diz que uma grande nuvem molecular começou a se aglutinar, formando uma protoestrela. Poeira e fragmentos próximos da protoestrela se aglutinaram, formando pequenas rochas, que colidiam com outras rochas e formavam objetos ainda maiores... e após milhões de anos, os sobreviventes desse caos são os planetas que conhecemos. E claro, tudo aquilo que não conseguiu acumular tamanho suficiente para se transformar em um planeta, ou planeta-anão, permaneceram como asteroides.
A maioria dos asteroides estão em um 'Cinturão'
Apesar de haver asteroides espalhados por todo o Sistema Solar, a maior parte deles está localizada entre as órbitas de Marte e Júpiter, região conhecida como Cinturão de Asteroides, ou Cinturão Principal.
Atravessar o Cinturão de Asteroides não é tão difícil
Muitas pessoas têm a impressão de que o Cinturão de Asteroides é um lugar caótico, repleto de rochas espaciais prontas para aniquilar qualquer coisa que ouse atravessar a região. Mas devemos lembrar que na verdade, o Cinturão Principal não é denso como alguns pensam, e não seria necessária uma nave espacial ultra-moderna para fazer manobras incríveis a fim de desviar das rochas. O espaço entre os asteroides é de geralmente centenas ou milhares de quilômetros. Isso não significa que são poucos asteroides, mas sim que essa região é muito, muito grande.
Os asteroides são compostos por coisas diferentes
No geral, a composição de um asteroides é determinada conforme sua proximidade com o Sol, que aquece e derrete o gelo próximo, criando elementos mais leves. Existem diversos tipos de asteroides, mas os principais são:
- Asteroides Tipo C (Carbonáceos): 75% dos asteroides são desse tipo, ou seja, formam o tipo mais comum. A maioria deles localiza-se na parte externa do Cinturão Principal, mais próximos de Júpiter, e acredita-se que a sua composição chega um pouco parecida com a do Sol, com hidrogênio, hélio, e outros elementos voláteis.
- Asteroides Tipo S (Silicatos): 17% dos asteroides são desse tipo. A maioria deles localiza-se na parte interna do Cinturão de Asteroides, e são moderadamente brilhantes, compostos por sílica (rochas), e uma mistura metálica de níquel-ferro ou de magnésico-silicatos.
- Asteroides tipo M (Metálicos): Localizam-se no centro do Cinturão e são muito brilhantes, sendo compostos basicamente por ferro. Acredita-se que eles sejam a fonte dos meteoritos de ferro que encontramos aqui na Terra.
Asteroides de escondem próximos aos planetas
Asteroide 2010 TK7, o único Troiano da Terra conhecido |
Não que eles queiram se esconder (eles não pensam), mas é algo que acontece automaticamente, dependendo da interação gravitacional. Os Asteroides Troianos permanecem na mesma órbita dos planetas, mas eles pairam em um ponto especial chamado "ponto de Lagrange", que neutraliza a gravidade do planeta hospedeiro e a gravidade do Sol, criando um espaço perfeito. Já foram descobertos asteroides troianos de Marte, Júpiter e Netuno, assim como um troiano da Terra, em 2011. Também existem os asteroides próximos da Terra, que de tempos em tempos cruzem nosso caminho, como uma pessoa atravessa uma estrada antes ou depois de um carro passar. Estatisticamente falando, há uma chance de um deles vir a colidir com a Terra no futuro, mas até o momento nenhum asteroides que representasse risco para nós foi identificado.
Asteroides também têm luas
Não são apenas os planetas que capturam outros objetos que ficam presos em suas órbitas. Alguns asteroides também possuem pequenos corpos que os orbitam. O primeiro a ser descoberto foi Dactyl, em 1993, que orbitava um asteroide chamado Ida. Mais de 150 asteroides possuem luas (satélites naturais) e outros estão sendo descobertos. Um exemplo é o asteroide 2004 BL86 que tinha uma lua, e passou a 1,2 milhões de km da Terra no início de 2015.
O asteroide 2004 BL86 e seu satélite natural |
Uma nave já aterrissou em um asteroide
Mais de 10 naves espaciais já passaram próximas de asteroides. NEAR Shoemaker tocou na superfície do asteroide 433 Eros em 2001, e "sobreviveu" por algumas semanas. A sonda Dawn da NASA passou meses orbitando o asteroide Vesta (o segundo maior objeto do Cinturão Principal) entre 2011 e 2012. Em 2010, a nave espacial japonesa chamada Hayabusa retornou à Terra com amostras do asteroide Itokawa, colhidas após um pouso impecável em 2005. Não podemos deixar de lembrar da sonda Phillae, da ESA, que pousou no grande asteroide 67P/Churyumov-Gerasimenko, que fez algumas fotografias, e poucos dias depois entrou em estado de hibernação por não receber energia solar, devido ao local de pouso não ser o mais apropriado para tal.
Asteroides são pequenos demais para suportar a vida como a conhecemos
Isso é devido ao seu tamanho muito pequeno, insuficiente para abrigar uma atmosfera, ou seja, toda a radiação atinge sua superfície, criando um local inóspito para a vida como a conhecemos.
Água líquida pode fluir na superfície de alguns asteroides
Observações detectaram em 2015 algumas linhas escuras na superfície de Vesta, e os astrônomos concluíram que se tratava de água. Sim, a água líquida já fluiu na superfície do asteroide Vesta! A teoria diz que isso aconteceria após uma colisão, que faria com que parte do gelo de água derretesse, porém, sem sua atmosfera, não haveria condição para abrigar vida complexa, pelo menos até onde se sabe...
Fluxos de água líquida na superfície do grande asteroide Vesta |
Todos os asteroides do Sistema Solar reunidos ainda são menores do que a nossa Lua
Acredite se puder: apesar de existirem muitos asteroides gigantescos, como Pallas e Higia, com 520 e 400 km respectivamente, a maioria deles são bem menores, com algumas dezenas de quilômetros, ou até alguns metros. Já foram catalogados mais de 500 mil asteroides, e se colocássemos todos juntos, formando um único objeto, ele seria menor do que a Lua da Terra.
Asteroides podem ter aniquilado os dinossauros
Os fósseis dos dinossauros mostram que suas espécies desapareceram rapidamente entre 65 e 66 milhões de anos atrás. De acordo com estudos feitos pelo National Geographic, as hipóteses para esse evento são asteroides, cometas ou vulcões. Mas a teoria mais aceita seria mesmo a dos asteroides, isso porque existem muitos vestígios de Irídio (um raro elemento na Terra mas não nos meteoritos) espalhados por todo o planeta, principalmente na grande cratera de Chicxulub, na Península de Yucatan, no México. Essa grande cratera foi criada há cerca de 65 milhões de anos, e coincide com a extinção dos dinossauros.
Por outro lado, o Irídio também é encontrado na parte interna da Terra, ou seja, poderia ter sido uma grande erupção vulcânica. De qualquer modo, os fragmentos do evento bloquearam a luz do Sol, matando de fome grande parte das espécies que teriam sobrevivido ao grande impacto.
O maior asteroide do Sistema Solar pode ser visto a olho nu
Vesta, que é o maior asteroide do Sistema Solar, pode ser visto a olho nu de tempos em tempos, sem auxílio de binóculos ou telescópios. Claro que pra isso você precisa de um céu muito limpo, longe da poluição luminosa, e uma carta celeste para auxiliar na busca, afinal, ele se mostra com brilho fraco, e pode ser facilmente confundido com uma estrela qualquer.
Pelo menos um asteroide tem anéis
Representação artística de Chariklo, o asteroide com anéis |
Isso mesmo! E o nome dele é Chariklo. A descoberta do primeiro sistema de anéis em torno de um asteroide foi feita em 2013, quando uma equipe internacional de astrônomos, liderada pelo cientista brasileiro Felipe Braga Ribas, do Observatório Nacional do Rio de Janeiro, observou o asteroide passar na frente de uma estrela, quando descobriu dois anéis em torno do asteroide! Ou seja, quando alguém disser que apenas os planetas possuem anéis, pense duas vezes antes de concordar...
Fonte: Galeria do Meteorito
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