A descoberta do Kepler 452b seria perfeita, se não fosse por isso...
(Fonte: Mistérios do Mundo) A descoberta do chamado "primo" da Terra, Kepler 452b, é uma grande conquista astronômica sob todos os aspectos. Anunciado algumas semanas atrás, o impressionante novo achado da NASA é o exoplaneta mais conhecido com a Terra já encontrado. Ele cumpre numerosos critérios que fazem dele o mais forte candidato a hospedar a vida entre todos os exoplanetas que já confirmamos, que no total já são quase 4 mil. Então temos uma abundância de boas razões para ficarmos animados com o Kepler 452b.
No entanto, as pessoas têm ficado um tanto decepcionadas ao descobrir onde esse planeta incrível está localizado. Kepler 452b reside a cerca de 1400 anos-luz de distância da Terra, na Constelação de Sygnus. Isso é uma distância inimaginável. Faz a Lua ou Plutão (locais que normalmente consideramos distantes) parecerem extremamente próximos a nós.
A essa distância, uma nave hipotética que viaja a 100% da velocidade da luz demoraria 1400 anos para chegar ao planeta. Em velocidades de naves espaciais mais convencionais, como o nível alcançado pela heroica sonda New Horizons, levaríamos cerca de 20 mil anos para viajarmos apenas 1 ano-luz. Isto significa que a viajem para Kepler 452b nos tomaria cerca de 28 milhões de anos. Se lançássemos uma nave para lá agora, quando ela chegar ao destino, a vida no nosso planeta já estaria radicalmente diferente, com a possibilidade e nem existir mais.
Alguns mais entusiastas apostam que uma nave que possa usar um motor de dobra, pegando espaços pelo espaço-tempo para chegar a destinos de outras formas inalcançáveis. No entanto, essa tecnologia está tão distante de nós quanto Kepler 452b está da Terra.
Assim, embora seja bom ficar animado sobre as perspectivas de vida potencial em Kepler 452b, também não é uma má ideia ser realista sobre o fato de que nós provavelmente nunca (ou pelo não num futuro próximo) vamos nos aproximar deste sistema planetário.
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