Quais as chances do LHC destruir a Terra?


(Fonte: Mistérios do Mundo) O maior e mais poderoso acelerador de partículas do mundo - o Grande Colisor de Hádrons (Large Hadron Collider, LHC) - entrou novamente em operação no começo desse ano, quando foi reprogramado e voltou ainda mais poderoso que antes.

A máquina de descobertas localizada na fronteira da França e da Suíça, das quais podemos destacar o icônico Bóson de Higgs, é um dos maiores feitos tecnológicos da humanidade e o maior objeto de investigação científica já feito, e tem ajudado os físicos a responder questões em aberto da física moderna, como descobrir do que o Universo essencialmente é formado ou recriar as condições do cosmos instantes após o Big Bang. Foram mais de 20 anos de estudos e trabalhos, e bilhões de dólares investidos.


E não é de hoje que surgem diversas perguntas leigas do tipo: "O LHC pode destruir da Terra com um buraco negro que irá sugar todo o planeta?". Adiantamos que não, o LHC não tem o poder de destruir a Terra e, mesmo que o tivesse, os cientistas não o fariam. Dito isso, vamos explicar quais são as capacidades tecnológicas dessa máquina insana, e por que ela não pode, em hipótese alguma, causar algum dano ao planeta Terra.


Os buracos negros são objetos compactos extremamente densos, com uma gama de massa que varia entre milhões a bilhões de vezes a massa do Sol, e surgem após o colapso de estrelas muito maciças. Enquanto os buracos negros são geralmente enormes, é completamente possível, pelo menos em teoria, que uma pequena quantidade de matéria, na ordem de dezenas de microgramas, possa ser embalada densamente o suficiente para criar um buraco negro. Este seria um exemplo de um buraco negro microscópico.

Os físicos do CERN já explicaram em relatórios que a Teoria da Relatividade de Albert Einstein prevê que é impossível para uma máquina como o LHC produzir tais fenômenos exóticos - demandaria uma energia muito maior do que a que o Sol já usou em toda sua vida.

Mesmo assim, se hipoteticamente o LHC fosse capaz de criar um mini buraco negro, ele se desintegraria quase que instantaneamente, não representando qualquer ameaça à existência da Terra.

Em 1974, Stephen Hawking previu que buracos negros não apenas devoram coisas, eles também a cospem sob a forma de extrema radiação de alta energia, agora conhecida como radiação de Hawking. De acordo com a teoria, quanto menor for o buraco negro, mais radiação Hawking ele expele para o espaço. Portanto, um buraco negro microscópico desapareceria antes que ele pudesse causar algum dano a nós.


Existem ainda a falácia da matéria estranha no LHC. A matéria estranha é composta de partículas hipotéticas e individuais, chamadas de strangelets, que são diferentes da matéria normal de compõem tudo o que vemos ao nosso redor.

Alguns acreditam que esta matéria estranha poderia fundir-se com a matéria normal, eventualmente transformando a Terra em um único 'strangelet'. De fato, teoricamente, um único strangelet, ao entrar em contato com a matéria normal, a transformaria em um igual. Isso, em tese, poderia gerar uma reação em cadeia que transformaria o planeta terá em matéria estranha.

No entanto, tal partícula estranha só existe hipoteticamente - nunca foi encontrada ou fabricada em laboratório. Portanto, o que ocorreria se tal reação realmente acontecesse é mera especulação, uma pura incógnita.

De qualquer forma, os físicos do LHC garantem que se conseguirem produzir um strangelet, suas chances de interagir com a matéria normal são muito remotas.

Nenhum comentário