Galáxia do Redemoinho iluminada por dezenas de buracos negros


(Fonte: Galeria do Meteorito) Usando o Observatório Chandra, os astrônomos podem descobrir coisas que somente são detectadas através do raio-X. Nesta nova imagem composta, os dados do Chandra são mostrados em roxo, enquanto que os do Telescópio Espacial Hubble são mostrados em vermelho, verde e azul.

A galáxia conhecida como Messir 51 (M51), ou NGC 5194 e mais popularmente como a Galáxia do Redemoinho, é uma galáxia espiral com braços espetaculares de estrelas e poeira. M51 está localizada 30 milhões de anos-luz da Terra, e sua aparência nos dá uma perspectiva incrível de como é a nossa galáxia, a Via Láctea.


O sistema M51, assim como de várias outras galáxias, consiste em pares de objetos onde uma estrela compacta, seja uma estrela de nêutrons ou um buraco negro captura o material de uma estrela parceira de órbita. O material que é sugado é acelerado pelo intenso campo gravitacional do objeto central e é aquecido a milhões de graus, o que produz uma intensa fonte luminosa de raios-X. As observações do Chandra revelam que, pelo menos 10 pontos brilhantes na imagem de M51 são suficiente brilhantes para conter buracos negros. Em oito destes sistemas, os buracos negros estão, provavelmente, sugando material de estrelas companheiras que são muito mais massivas que o Sol.



Como os astrônomos já estão observando M51 há cerca de uma década com o Chandra, eles possuem informações suficientes para determinar a probabilidade desses objetos serem de fato buracos negros. Eles possuem um brilho constante por muito tempo, o que sugere que as estrelas ao seu redor são muito massivas.

A diferença entre a Via Láctea e a galáxia M51 é que a M51 está em meio a uma fusão com uma galáxia menor, que pode ser vista no canto superior esquerdo da imagem no topo. Os cientistas acreditam que essa interação galáctica esteja provocando ondas de formação de estrelas, e a maioria dos brilhos que representam buracos negros estão em meio a regiões de intensa formação estelar.

Estudos anteriores da galáxia M51 revelam pouco mais de 100 fontes de raios-X. O novo conjunto de dados, mostra quase 500 fontes de raios-X. Cerca de 400 destas fontes são consideradas pertencentes a M51, e o restante pode estar na frente ou atrás da galáxia.

Grande parte do brilho difuso de raios-X em M51 vem do gás superaquecido por explosões de estrelas massivas.

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